O responsável pela política de exportação dos EUA, Alan Estevez, reuniu-se com representantes dos governos neerlandês e o japonês para alargar o entendimento entre os três países, firmado em 2023, e tentar restringir ainda mais as exportações de tecnologia para a China. O objetivo é impedir que a China consiga produzir semicondutores de topo, que possam ser usados para modernizar a sua capacidade militar.
A China já reagiu, com o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros a considerar que os EUA estão a “coagir outros países e a suprimir a indústria de semicondutores na China”, lembrando que “este comportamento já prejudicou gravemente o desenvolvimento da indústria global de semicondutores e irá eventualmente ter repercussões”, cita a Reuters.
O governo neerlandês já confirmou que a reunião com os EUA aconteceu esta semana, enquanto o Japão afirma apenas que há várias trocas de informação com os EUA, não confirmando o teor das interações diplomáticas.
As restrições começaram em 2022, abrangendo a Nvidia e a Lam Research, em 2023 expandiram-se ao Japão, abrangendo a Nikon Corp e a Tolyo Electronic e 23 tipos de equipamentos necessários à indústria dos semicondutores. De seguida, os Países Baixos aplicaram um requisito de licenciamento à ASML que fez com que a empresa deixasse de poder exportar as suas melhores máquinas de ultravioleta profundos – usadas na produção de semicondutores – para a China a partir de 1 de janeiro de 2024.