A Intel prevê terminar o primeiro trimestre do ano em quebra e a previsão de receitas está agora três mil milhões de dólares abaixo do inicialmente previsto. A revelação destas projeções na sexta feira fez com que o mercado encerrasse com as ações a desvalorizarem 6,4%, numa altura em que as rivais AMD e Nvidia assistiram a um aumento de 0,3% e 2,8%, respetivamente.
Apesar de a Intel continuar a tentar reestabelecer-se no topo do setor, ao contratar mais fornecedores e construir novas fábricas nos EUA e na Europa, a tarefa não se afigura fácil. Nos últimos tempos, a empresa tem vindo a perder quota de mercado para a AMD, que usa soluções TSMC, mais avançadas que as da Intel. Matt Wegner, analista da YipitData, explica que “os chips [de centros de dados] Genoa e Bergamo da AMD apresentam uma forte vantagem preço-desempenho comparados com os processadores Sapphire Rapids da Intel”, cita a Reuters.
Na Bernstein, recomenda-se que a Intel realize ainda mais cortes: “é claro agora que a Intel precisa de cortar muitos custos, numa altura em que se prova que os planos originais da Intel eram uma fantasia”.
A empresa, recorde-se, já anunciou a intenção de cortar três mil milhões de dólares este ano. A Intel anunciou ter gerado 7,7 mil milhões de dólares nas operações e pagou divididendos de 1,5 mil milhões.