A organização Communications Workers of America (CWA) apresentou uma queixa ao US National Labor Relations Board na qual acusa a Apple de práticas laborais desleais, descrevendo que a empresa criou um grupo fictício de trabalhadores, sob o seu controlo, para dificultar a criação de um sindicato em Columbus, Ohio.
O grupo ‘Employee Forum’ surge descrito num folheto como “um grupo de trabalho que pode ser usado como meio formal para funcionários e líderes fornecerem feedback sobre as iniciativas locais e do segmento de retalho, políticas e práticas”. A CWA acusa este grupo de estar controlado pela empresa e não constituir uma forma independente de representação dos interesses dos funcionários. A Apple “escolheu criar um sindicato controlado para divergir as iniciativas dos trabalhadores de se organizarem de forma independente”. Terá sido numa das reuniões deste grupo que o representante da Apple terá dito que a empresa se recusa a negociar certos temas caso um sindicato fosse formado.
As reuniões, de presença obrigatória, onde os funcionários são obrigados a ouvir o discurso do empregador sobre os seus direitos laborais, constituem uma violação do National Labor Relations Act, revela o The Register.
Recorde-se que há registos de tentativas de sindicalização dos trabalhadores da Apple em várias localizações nos EUA. Em fevereiro de 2022, o The Washington Post revelava haver já dois sindicatos em preparação e outras seis lojas a considerar essa hipótese. Desde então, algumas Apple Stores já reconheceram formalmente os sindicatos e estes esforços estão também a alastrar-se para outros países, nomeadamente ao Reino Unido.