A Antler anunciou que vai iniciar atividade na Península Ibérica, abrindo escritórios em Lisboa e Madrid. Esta gestora de fundos de Venture Capital (ou capital de risco, que é investido em empresas consideradas como tendo um elevado potencial de crescimentoo) revela que quer fazer mais de 30 investimento ibéricos até 2023.
A Exame Informática contatou a Antler para saber qual a verba que estará disponível para investimento em Portugal, mas a organização preferiu não especificar, remetendo para a já mencionada aposta em 30 empresas até ao final do próximo ano.
Questionámos igualmente se haveria algum setor a ser privilegiado e a resposta foi negativa: “Uma das pedras basilares do modelo de investimento de Venture Capital é a diversificação. Acreditamos em todos os fundadores, equipas e empresas com quem trabalhamos, uma vez que passam por um filtro de seleção rigoroso; porém, reconhecemos a natureza idiossincrática do sucesso das diferentes start-ups e a sua distribuição assimétrica (uma percentagem reduzida tende a produzir a maioria da valorização de um conjunto de empresas selecionadas).” Se analisarmos o portefólio da Antler vemos que há empresas em mais de 30 setores, incluindo inteligência artificial, robótica, drones, fintech, proptech e healthtech.
Refira-se que a Antler foi criada em 2017 pelo norueguês Magnus Grimeland, atual CEO, e conta com uma base de investidores que vão desde os fundos soberanos dinamarquês e norueguês até ao cofundador do Facebook, Eduardo Saverin.
Os portugueses Sérgio Massano (sócio e diretor de expansão da Antler) e Ricardo Batista (diretor, ex-Glovo) são os primeiros membros da equipa ibérica da Antler, que está nos cinco continentes, com investimentos em mais de 500 empresas e fundadores de 70 nacionalidades, explica o comunicado de imprensa.
A entrada simultânea da Antler em Portugal e Espanha tem como objetivo criar uma infraestrutura comum de apoio a empreendedores e maximizar o potencial destes dois hubs tecnológicos.
Segundo as contas da Antler, Portugal, que conta com sete unicórnios, viu, em 2021, as start-ups com ADN português angariarem 1.400 milhões de euros de investimento, enquanto Espanha, que conta com onze unicórnios, angariou 4.300 milhões de euros de investimento no ano passado.