Em média, uma organização portuguesa foi alvo de uma tentativa de ciberataque 881 vezes por semana, de acordo com um estudo da Check Point Research. A empresa fornecedora de soluções de cibersegurança conclui que Educação (+57%), Saúde (+108%) e Administração Pública / Setor Militar (+106%) são os setores mais visados, seguindo-se Utilities (+371%) e o setor transformador (+84%).
A revelação da vulnerabilidade Kog4J fez com que o número de ciberataques semanais subisse para os 925 a nível global no final de 2021.
Apesar de a Europa registar o maior aumento percentual de ciberataques de ano para ano (68%), as regiões de África, Ásia Pacífico e América Latina continuam a ser os principais alvos deste tipo de ameaças.
Omer Dembinsky, Data Research Manager da Check Point Software (CPR), afirma que “os hackers continuam a inovar. O ano passado vimos o número de ciberataques por semana em redes corporativas aumentar 50% em comparação com 2020 – um crescimento muito significativo. O pico chegou à medida que nos aproximamos do fim do ano, muito devido às tentativas de exploração da vulnerabilidade Log4J. Novas técnicas de penetração nos sistemas e métodos de evasão fizeram com que fosse muito mais fácil para os hackers levar a cabo as suas intenções maliciosas. (…) Acredito que estes números vão aumentar em 2022, com os hackers a inovar continuamente e a procurar novos métodos para executar ciberataques, especialmente ransomware. Podemos até dizer que estamos perante uma ciberpandemia”.
Entre as dicas de segurança, encontramos algumas recomendações habituais:
– privilegie a prevenção, não a deteção;
– proteja devidamente todos os seus recursos – redes, dispositivos, endpoints, entre outros;
– descarregue as patches regularmente;
– segmente as suas redes;
– sensibilize as equipas para a importância de adotar práticas de cibersegurança regulares;
– implemente tecnologias de segurança avançadas.