A Administração Nacional de Segurança Rodoviária dos EUA (NHTSA na sigla em inglês) abriu uma investigação oficial ao modo de assistência de condução (AutoPilot) dos Tesla. O objetivo é apurar o que se passou em 11 acidentes, registados desde 2018, e fazem parte do âmbito da investigação cerca de 765 mil carros produzidos desde 2014, desde os Model Y, Model X, Model S aos Model 3.
As autoridades pretendem perceber se o sistema enfrenta alguma dificuldade em ‘interpretar’ veículos parados nas estradas, em especial veículos de emergência que estejam parados e a prestar auxílio. Em alguns destes acidentes que estão a ser investigados, os carros Tesla bateram em carros de bombeiros ou em carros de polícia.
Nestes 11 acidentes que desencadearam a investigação, o AutoPilot ou o Traffic Aware Cruise Control tinham sido ativados momentos antes da colisão, noticia a BBC. A tecnologia serve para, em teoria, guiar, acelerar ou travar a marcha de forma autónoma, mas sempre com a exigência de que o condutor esteja a prestar atenção à estrada.
Abusos dos condutores, como atenderem o telefone enquanto o carro circula ou trocarem de lugares em plena marcha, podem também ser causas para algumas destas colisões. A NHTSA reforça que “nenhum veículo disponível no mercado hoje em dia é capaz de conduzir sozinho. Todos os veículos requerem um condutor humano no controlo em todos os momentos”.
Os investigadores têm também em consideração que, em alguns destes acidentes, as condições de luz não eram as melhores, estando escuro e com os veículos de auxílio a terem as sirenes e luzes de emergência ligadas, bem como cones fluorescentes nas estradas, o que pode ter contribuído para ‘iludir’ os sensores dos carros.