A Google anunciou a aquisição da Fitbit em novembro do ano passado, mas a entidade reguladora europeia precisou de escrutinar a operação. Agora, foi anunciado que a Comissão Europeia deu luz verde à compra, avaliada em 2,1 mil milhões de dólares. A Google teve de fazer algumas concessões para conseguir a aprovação, nomeadamente no que toca à utilização de dados como informação de GPS ou de saúde provenientes do Espaço Económico Europeu para servir publicidade direcionada aos utilizadores.
A Comissão exigiu ainda que a Google assumisse o compromisso de manter a Web API e a Android API da Fitbit durante os próximos dez anos, de forma a manter a competitividade. A gigante tecnológica deve manter uma separação entre os dois negócios e dar aos utilizadores a possibilidade de aprovar ou recusar a utilização dos seus dados de saúde para alimentar produtos da Google como o motor de busca ou o Maps, explica o The Verge.
Margrethe Vestager, presidente da Comissão Europeia, afirma que “podemos aprovar a proposta de aquisição da Fitbit pela Google porque os compromissos asseguram que o mercado para os wearables e o emergente mercado digital de saúde vão manter-se abertos e competivos”, assegurando ainda que ficam salvaguardados os cenários de utilização de dados, de interoperabilidade entre wearables rivais e o Android e as escolhas dos utilizadores sobre a gestão dos seus dados pessoais.
O processo está a ser igualmente avaliado pelas autoridades australianas. Ruth Porat, responsável financeira da Alphabet, afirmou em novembro que espera a conclusão do negócio para o fim de 2020.