Que as crianças e jovens passam cada vez mais tempo em frente aos ecrãs de telefones, tablets, computadores e TV não é novidade. Agora, um estudo encomendado pela Scrivens Opticians mostra a consequência desse comportamento, revelando que a percentagem de jovens entre os 13 e os 16 anos que precisavam de óculos quase duplicou de 20 para os 35%, entre 2012 e 2018. Dois terços destes jovens foram diagnosticados com miopia, mas havia também outros tipos de doenças identificadas, como cansaço da vista ou visão desfocada. Em média, este segmento etário passa 26 horas por semana a olhar para o telefone, jogar consola ou ver TV.
Os investigadores da Scrivens pedem ainda mais trabalho de campo para se perceber melhor as consequências de todo este tempo ao ecrã, especialmente a longo prazo.
Outro indicador revelado pelo estudo é a dificuldade que os pais sentem em manter as crianças e jovens afastados dos ecrãs: 73% confessa ser «um desafio» conseguir que os filhos parem de olhar para qualquer ecrã durante algumas horas, noticia o Study Finds. Mais de dois terços dos pais assumem que sabem que o tempo ao ecrã faz mal e que tentam ativamente afastá-los dos equipamentos.
Mais de um quarto dos pais inquiridos (26%) confessa ainda não ter levado os seus filhos para um exame ocular, um sinal preocupante segundo os investigadores, que acreditam que os diagnósticos precoces podem ajudar a prevenir consequências mais graves à frente.
O estudo foi conduzido no Reino Unido, com mais de dois mil pais, dos quais 678 têm filhos entre os 13 e os 16 anos.