Julian Assange, o fundador da WikiLeaks, foi detido esta quinta-feira pela polícia inglesa na embaixada do Equador, onde estava hospedado há aproximadamente sete anos. Segundo um comunicado das autoridades inglesas, Julian Assange vai quebrar o silêncio para com a justiça em breve.
A WikiLeaks pronunciou-se no Twitter, acusando o Equador de «ter terminado ilegalmente o asilo político de Assange e violado a lei internacional». Desde de 2012 que o fundador da plataforma se encontrava exilado para evitar extradição para a Suécia, onde é acusado de ofensa à integridade sexual. Assange acreditava ainda que, se saísse da embaixada, poderia acabar por ser extraditado para os Estados Unidos.
De acordo com alguns avisos lançados na rede social Twitter pela WikiLeaks, a detenção de Assange era iminente, tendo sido permitida por um membro dos quadros superiores da administração do país sul-americano.
Das redes sociais, passou para às ruas onde ativistas protestavam contra a detenção do mentor da WikiLeaks e depois chegou a polícia, que finalmente o levou, pondo fim a uma relação entre Assange e o governo do Equador que segundo o The Guardian, tinha vindo a ficar mais tensa ao longo dos anos, uma vez que em março a embaixada lhe cortou o acesso à Internet bem como o impossibilitou de receber visitas.
De acordo com o presidente do Equador, Lenín Moreno, o fundador da Wikileaks perdeu o asilo diplomático, após «sucessivas violações das condições impostas pelo país», adicionando que Julian Assange teve «comportamento agressivo e desadequado».