Por causa de problemas relacionados com a produção das baterias, a Tesla conseguiu apenas entregar 1550 Molde 3 no trimestre passado, bastante abaixo dos 5000/semana previstos para o final do ano. Agora, Elon Musk disse que os obstáculos estão a ser cada vez menores e que a empresa prevê conseguir entregar cinco mil carros por semana no final do próximo trimestre. Segundo os analistas, só a este ritmo de produção estável é que a Tesla conseguirá começar a gerar lucros algures em 2018.
Os atrasos no fabrico do Model 3 já levaram à atualização das das de entregas de quem fez a reserva do carro. Vários clientes partilharam nas redes sociais que a previsão para a entrega do Model 3 mais económico, com um preço de venda antes de impostos nos Estados Unidos de 35 mil dólares, agora indica final de 2018. Talvez um sinal que a Tesla vai dar prioridade às versões mais caras para melhorar as margens de lucro.
A empresa de Musk reportou as maiores perdas trimestrais de sempre, mas o fundador mantém-se otimista. Elon reiterou o objetivo de produzir um milhão de veículos por ano em 2020 e alertou que serão necessários grandes investimentos até lá. A estratégia passa por começar a fabricar o Model Y SUV mais para o final deste ano. Recorde-se que há dois anos, Musk tinha afirmado que o objetivo seria produzir cerca de 500 mil carros por ano em 2018, algo que a empresa está longe de conseguir.
Segundo o responsável financeiro da Tesla, Deepak Ahuja, mais de 50% dos gastos da empresa foram com o Model 3, o que realça a importância e o investimento já feito neste modelo, noticia a Reuters.
No ano passado, a Tesla gastou 3,4 mil milhões de dólares, com 787 milhões a serem usados apenas no último trimestre. Em diferentes momentos, a empresa anunciou aos investidores e aos mercados que prevê precisar de mais dinheiro, nomeadamente para os Model Y, para os Tesla Semi ou para a abertura de uma fábrica na China.
Apesar do desempenho financeiro e da concorrência feroz que aí vem nos carros elétricos, as ações da Tesla valorizaram 35% no ano passado . As perdas ascendem aos 675 milhões de dólares, ou 4,01 dólares por ação no último trimestre do ano passado, face a 121 mil milhões ou 78 cêntimos de dólar por ação registados em igual período do ano anterior. O total de receitas registado ficou-se pelos 2,28 mil milhões, face aos 3,29 mil milhões do ano anterior.