Os aviões comerciais atualmente em circulação voam a um máximo de cerca de 1000 km/h. Acima dessas velocidades, se estiverem a uma altitude de 30 mil pés, fazem provocam consequências ao nível do solo, nomeadamente danos em estruturas mais frágeis. Agora, a NASA anunciou que está a trabalhar com outros parceiros na criação de um avião capaz de bater essas velocidades e não causar estes danos, sendo mais silencioso. A agência já fez uma demonstração do conceito num tunel de vento em junho e pretende investir até 390 milhões de dólares, ao longo dos próximos cinco anos, em tornar a ideia real.
Segundo Peter Coen, gestor de projeto na NASA, na próxima década vamos assistir a uma maior procura de formas de viajar pelos ares mais rapidamente. A agência espacial também prevê a partilha da tecnologia resultante dos testes com os principais fabricantes como a Lockheed Martin, General Dynamics, Boeing e startups como a Boom Technology, noticia a Bloomberg.
A Lockheed colaborou nos testes iniciais e ajudou a desenvolver o protótipo, à escala, que causa ondas de choque supersónicas menores do que as que são produzidas pelos aviões atuais.
O objetivo da NASA é que o nível de ruído destes aviões esteja entre os 60 e os 65 dBa, o equivalente ao que se ouve dentro de um carro como um Mercedes de luxo em autoestrada ou o barulho de fundo num restaurante. Em termos de comparação, o Concorde, por exemplo, produzia ruídos na ordem dos 90 dBa.
O nível de emissões poluentes, o barulho dos motores no aeroporto e a regulação são os principais obstáculos que este projeto terá de enfrentar.