A Uber confirmou ter pago 100 mil dólares a hackers para apagarem os dados de 57 milhões de clientes e condutores. Os dados foram obtidos em 2016 através do acesso indevido a uma área privada do Github, que deveria ter acesso reservado a programadores da Uber, informa a Bloomberg.
Na sequência da descoberta desta megafuga de informação, Joe Sullivan, diretor de Segurança da Uber, apresentou a demissão. De acordo com os meios de comunicação norte-americanos, Travis Kalanick, líder da Uber que apresentou demissão em junho na sequência de várias irregularidades, tinha conhecimento desta fuga de informação – mas não a divulgou junto das autoridades ou dos proprietários dos dados.
A fuga de informação envolveu maioritariamente clientes da Uber de vários países – que a Uber não especifica. No repositório de dados figuram os endereços de e-mails e números de telefone desses clientes. A Uber garante que não há indícios de estes dados terem sido usados para burlas ou fraudes, mas tomou a iniciativa de disponibilizar ferramentas de monitorização de transações para os 600 mil condutores cujos nomes e cartas de condução foram envolvidos neste ataque, para evitar eventuais irregularidades.
Num comunicado, Dara Khosrowshahi, atual CEO da Uber, reiterou a intenção de providenciar meios de proteção acrescidos para as potenciais vítimas, e prometeu uma nova forma de lidar com as diferentes ciberameaças: «Tendo em conta que não podemos apagar o passado, posso assumir o compromisso em nome de cada profissional da Uber, que vamos aprender com os nossos erros».