A Kaspersky Lab anunciou que vai solicitar a entidades independentes que conduzam análises de segurança ao software usado nos antivírus da empresa. Com esta iniciativa, a companhia pretende combater as alegações que os seus produtos estariam a ser utilizados pelo governo russo para fins de espionagem.
Assim, a Kaspersky vai fornecer o código-fonte do seu software e futuras atualizações àquilo que denomina de «comunidade de segurança e outras partes interessadas». Contudo, ainda não identificou as entidades independentes que farão a referida análise, adiantando apenas que terão «credenciais no software de segurança e em testes a produtos de cibersegurança».
Segundo a Reuters, a empresa também vai deixar que se inspecionem outros aspetos do seu negócio, como o desenvolvimento de software. O início da análise está previsto para o primeiro trimestre do próximo ano.
Eugene Kaspersky, fundador e CEO da empresa, referiu que a organização que lidera quer provar que é «totalmente aberta e transparente». Para reforçar esta ideia, a Kaspersky vai abrir “centros de transparência” na Europa, Estados Unidos e Ásia, que consistem em espaços onde clientes e entidades governamentais poderão consultar os resultados da análise independente e discutir preocupações sobre a segurança dos produtos da companhia. A isto junta-se um aumento nas remunerações oferecidas aos investigadores que descubram vulnerabilidades nos produtos da Kaspersky: a recompensa máxima subiu de 5 mil dólares para 100 mil dólares.