Ontem, foi o último dia da ARM enquanto empresa criada por um consórcio no Reino Unido. Hoje, é o primeiro dia do resto da vida da ARM como empresa que passou a ser detida pelo SoftBank, do Japão. As duas partes do negócio concluíram ontem a aquisição daquela que terá sido uma das criadoras de chips mais bem sucedidas dos últimos tempos. O negócio está fixado em 24 mil milhões de libras (cerca de 28,7 mil milhões de euros).
A transação já havia sido anunciada em meados de julho. Ontem, com a conclusão do negócio, a ARM deixou de figurar nos índices bolsistas de Londres e Nova Iorque. Apesar da aquisição, a empresa vai continuar sedeada no Reino Unido. O Softbank admitiu mesmo que o número de profissionais que trabalham na sede da ARM possa duplicar dentro de cinco anos.
Segundo a versão britânica da Ars Technica, a aquisição terá merecido uma menção do governo nipónico num dos relatórios publicados durante a cimeira dos G20, que está a realizar-se na China. Nesse relatório, o governo japonês exorta as autoridades de Londres a manter a livre circulação de dados depois de concretizada a saída da UE. O mesmo relatório aconselha ainda Reino Unido e UE a manterem-se unidos em torno da defesa da propriedade intelectual.
Desde a proliferação de smartphones e tablets, que a ARM tem sido uma estrela em ascensão. Hoje, a ARM é uma das principais marcas mundiais de desenho de arquiteturas de chips que são fabricados por várias marcas para integrar múltiplos gadgets. A empresa foi fundada em 1990, dando corpo a um consórcio formado pela Acorn Computers, a Apple e a VLSI Technology.