
O juiz brasileiro decidiu que as cinco operadoras móveis do Brasil teriam de parar de enviar e receber dados do WhatsApp, bloqueando o serviço naquele país. A medida serviria como pressão para a empresa ceder os dados das comunicações de um grupo suspeito de estar envolvido em tráfico de drogas.
O primeiro apelo interposto pela WhatsApp foi rejeitado na segunda-feira. O segundo apelo foi, no entanto, aprovado e «o serviço deverá ficar disponível num curto espaço de tempo», disse uma fonte da empresa à AFP.
O juiz considerou, no primeiro apelo, que a empresa estaria a desvalorizar as investigações criminais e que estaria a encobrir a seriedade dos crimes alegadamente cometidos. Agora, no segundo apelo, o WhatsApp insistiu que estaria a colaborar na investigação e que não existem vestígios das comunicações, uma vez que estas agora são encriptadas end-to-end. O CEO da empresa já afirmou publicamente que não tenciona colocar em causa a privacidade dos milhões de utilizadores, abrindo portas traseiras no sistema.
O WhatsApp está presente em nove em cada dez smartphones no Brasil e o serviço conta com mais de cem milhões de utilizadores no país.