É um incremento menor que aquele que se assistiu em 2014 – mas não deixa de ser um incremento. Segundo a consultora Mercer, as profissões técnicas do setor das tecnologias registaram, em 2015, um aumento médio de salários de 2% face a 2014. Apesar da quebra no que toca ao ano de 2014, é no grupo dos programadores e profissionais técnicos que se assiste a um maior aumento de salário, quando se procede a uma comparação com os aumentos estimados para as profissões de gestão, vendas, direção de empresas.
As estimativas da Mercer apontam para que entre 2014 e 2015 se registem aumentos de salários de 1,73% nas profissionais dedicadas às vendas, 1,68% na gestão, 1,06% para os cargos executivos; e de 0,75% para os líderes de empresas. «Comparativamente a 2014 verifica-se que os incrementos salariais registados em 2015 sofrerão uma diminuição em todos os grupos funcionais, à exceção da categoria “Professional Sales”», revela a análise que a Mercer enviou para imprensa. Nas tecnologias, a evolução dos salários tende depende mais dos resultados da empresa e da evolução da inflação que da antiguidade ou da função assumida pelo trabalhador, explica a Mercer.
«Atualmente, os incrementos salariais encontram-se mais alinhados e consistentes a nível geográfico, por setores de atividade e por níveis funcionais. Este comportamento é induzido por um nível histórico de inflação baixa, sustentada por políticas monetárias comuns, controladas de forma rigorosa pelas Instituições da União Europeia. No que se refere a incrementos salariais por grupos funcionais em Portugal (Quadros de Direção, Chefias Intermédias, Quadros Técnicos e Administrativos) tem-se observado que, dentro das organizações, tendem a tornar-se cada vez mais uniformes e indiferenciados, fator que surge em linha com as tendências gerais do mercado», refere em comunicado Tiago Borges, responsável da Área de Estudos de Mercado da Mercer para Espanha e Portugal.
A Mercer destaca ainda dois indicadores que permitem deduzir que a indústria das tecnologias está em expansão em Portugal: o número de empresas que vai reforçar o número de profissionais é (29%) superior ao número de empresas que preveem reduzir o efetivo (7%).
Estimativas da Mercer têm por base 12 mil entrevistas a profissionais de 34 empresas.