Miguel Poiares Maduro, ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, reiterou hoje no Parlamento a intenção de encontrar uma solução para a TV Digital Terrestre (TDT) até ao final da legislatura (as eleições legislativas deverão lugar em setembro). Durante a audição na Comissão Parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, o governante fez saber que ainda não desistiu de aumentar o número de canais gratuitos distribuídos pela TDT, mas logo lembrou que esse alargamento «não faz sentido» se ficar confinado ao apenas ao acrescento de mais um canal gratuito.
Apesar de querer fechar o dossiê nos próximos meses, Poiares Maduro admitiu que só em 2016, com as alterações tecnológicas que a Anacom vai promover, será possível alargar o número de canais de TDT disponíveis.
Com esta previsão, o ministro estará a aludir às mudanças na rede de TDT que a Anacom deverá instar a PT a aplicar no terreno durante os dois próximos anos. Atualmente, a TDT é transmitida, para a maior parte do território, através de uma única frequência. A partir de 2016, a Anacom deverá adotar um modelo de múltiplas frequências, que promete pôr termo às interferências e falhas no serviço de TDT. O uso de múltiplas frequências poderá implicar uma nova sintonização da box e a mudança de orientação as antenas que captam o sinal de TDT.
De acordo com a Lusa, Poiares Maduro confessou a «frustração» causada pela TDT, e criticou a duração da consulta pública levada a cabo pela Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) e pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).
Na audição parlamentar, o ministro admitiu que o dossiê da TDT exigirá sempre uma solução «extremamente complexa e difícil».