Em 2013, o Estado gastou oito milhões de euros na compra de software através de concursos alegadamente ilegais, que foram levados a cabo por institutos públicos, departamentos tutelados ou autarquias. A estimativa acaba de ser revelada pela ESOP, com base na deteção de 47 concursos que alegadamente não respeitam a lei em vigor e que resultaram na compra de software proprietário.
«Cerca de 70% dos concursos considerados ilegais visa a aquisição de software Microsoft e 15% software SAP», acrescenta a ESOP.
Segundo as estimativas da ESOP , em 2013 registou-se um aumento de 135% do número de concursos classificados como ilegais, sendo que o valor envolvido nesses concursos cresceu 143% (mais 4,8 milhões de euros).
A ESOP revela que os números apresentados hoje em comunicado resultam da análise de 363 concursos públicos – o que significa que 13% da amostra em análise alegadamente não respeita a lei em vigor para as aquisições públicas de software.
«Os dados revelam que há um número significativo de concursos considerados ilegais que foram lançados por autarquias locais, onde há um
longo caminho a percorrer no sentido de sensibilizar os decisores para a necessidade de fomentar a concorrência como forma de obter melhores produtos a um preço mais baixo», comenta a ESOP.