Joachim Kempin trabalhou na Microsoft entre 1983 e 2003. Conhece bem a empresa – e não tem dúvidas em relacionar os tempos menos auspiciosos da líder do software mundial com a personalidade do CEO Steve Ballmer: «Para a Microsoft voltar a sério ao campo de batalha (das tecnologias) vai ter de proceder a grandes alterações na sua gestão», alerta o ex-vice-preidente da Microsoft que, em tempos, chegou a liderar o departamento de vendas do Windows para os fabricantes de computadores.
Numa entrevista para a Reuters, Kempin relembra o sucedido com Richard Belluzzo, que ficou para a história como o mentor do lançamento da primeira Xbox e que chegou mesmo a assumir o cargo Diretor de Operações de toda a companhia… mas apenas por 14 meses. O facto de trabalhar diretamente com Ballmer terá precipitado a saída deste promissor executivo. Pelo menos é essa a opinião de Joachim Kempin: «Quando alguém começa a trabalhar diretamente com Ballmer e o mesmo Ballmer começa a pensar que «este tiupo é capaz de me tirar o lugar», meu Deus, essa pessoa passa a ter menos ar para respirar».
Além de Belluzo, Kempin relembra o sucedido com outros executives de carreira ascendente, que acabaram por sair da Microsoft: Stephen Elop (hoje líder da Nokia); Ray Ozzie (que chegou a ser designado como o sucessor de Gates no que toca à estratégia da Microsoft); Kevin Johnson (hoje à frente da Juniper Networks); e mais recentemente Steven Sinofsky – eis os nomes mais sonantes da lista daqueles que alegadamente foram empurrados para fora da Microsoft por Steve Ballmer.
Ninguém na Microsoft comentou as acusações feitas pelo ex-colega Joachim Kempin.