A queixa está a ser analisada pelas Varas Mistas do Funchal desde fevereiro deste ano. A Interlog, subsidiária do Grupo Taboada & Barros, declarou falência em março de 2011 depois de, alegadamente, a Apple ter optado por práticas concorrenciais desleais e fixação de preços.
A Interlog foi, durante 20 anos, o representante exclusivo da Apple em Portugal.
«A Apple chegou a Portugal em 2007 e, no ano seguinte, usurpou os canais de distribuição que foram montados pela Interlog, durante mais de 20 anos, apoderando-se dos nossos distribuidores», afirma uma fonte da empresa ao jornal Sol.
A mesma fonte revela que as margens da empresa caíram de 12% para 4% depois de uma renovação de contrato. A redução das margens foi decidida unilateralmente pela Apple. Em 2009, depois da abertura de escritórios da marca em Portugal, a Interlog foi informada de que não poderia fornecer a FNAC, sua principal cliente e responsável por 32% da sua faturação.
No lançamento do iPad em Portugal, a Interlog recebeu instruções específicas para favorecer alguns distribuidores. Ao mesmo tempo, a Apple proibiu o fornecimento de produtos a lojas Staples, Auchan ou Rádio Popular.