Investigadores de informação da rede social desconfiam que podem faltar meses ou até mesmo anos de trabalho nos dados fornecidos pelo Facebook. Estas alegações foram levantadas porque, de acordo com o The New York Times, o Facebook tem apresentado informações com falhas e incompletas sobre como os utilizadores interagem com as publicações e links no site.
A rede social permite, para fins académicos, acesso aos seus dados dos últimos dois anos com o objetivo de identificar desinformação na plataforma. Neste sentido, foi prometido aos investigadores transparência bem como a todas as interações dos utilizadores, mas os dados fornecidos pela empresa incluem apenas interações de cerca de metade dos utilizadores dos Estado Unidos. Além disso, a maioria das interações facultadas nos relatórios envolvem publicações políticas.
Foi Fabio Giglietto, professor associado da Universidade de Urbino o primeiro a perceber a imprecisão, noticia o The Times. Giglietto comparou os dados entregues com o “Relatório de conteúdo amplamente visualizado”, que o Facebook publicou em agosto e descobriu que os resultados não coincidiam.
Marvis Jones, um porta-voz do Facebook, argumentou que a imprecisão dos dados se devia a um “erro técnico” garantido, em seguida, que a empresa estava a “trabalhar rapidamente para resolver” mas que, devido ao elevado volume de dados, poderia levar semanas até que todos os dados fossem processados.
O Facebook enviou um email para os investigadores lamentando a “inconveniência que [isso] pode ter causado”. Alice Marwick, da Universidade da Carolina do Norte, disse ao Engadget que os resultados não puderam ser verificados, uma vez que os dados não foram acedidos pelo Facebook. Alegadamente, a empresa ligou aos investigadores para se desculpar pelo sucedido. Megan Squire, uma dessas investigadoras, disse ao The Times : “Do ponto de vista humano, havia 47 pessoas naquela chamada hoje e cada um desses projetos está em risco, e alguns estão completamente destruídos.”