O senador americano Chuck Schumer pediu esta quinta-feira que o FBI investigue a FaceApp para assegurar a privacidade de dados cidadãos americanos – a segurança dos utilizadores e a privacidade são temas que estão atualmente ordem do dia e que cada vez mais fazem parte das agendas políticas dos governos. Esta aplicação foi criada pela Wireless Lab, uma empresa russa sediada em São Petersburgo, que desenvolveu um software capaz de alterar o rosto dos utilizadores fazendo-os parecer, por exemplo, mais velhos ou mais novos.
De acordo com a BBC, o político publicou uma carta escrita pelo próprio na rede social Twitter onde expressa a sua preocupação perante a viralidade da aplicação. Schumer afirma que os dados biométricos de milhares de americanos podem ser usados indevidamente na eventualidade de serem roubados por «uma potência estrangeira».
A Wireless Lab afirma que não guarda imagens permanentemente nem recolhe informação, faz apenas upload de imagens que os utilizadores queiram editar. A empresa afirma num comunicado que «mesmo que a sede da empresa se localize na Rússia, a informação dos utilizadores não vai para lá.»
«Estou seriamente preocupado com a proteção de dados e com o grau de consciencialização dos utilizadores quando cedem os dados», afirma Schumer na carta.
Segundo a BBC, a empresa afirma ter aproximadamente 80 milhões de utilizadores a usar ativamente a app. Em 2017 a FaceApp tinha sido alvo de críticas por ter disponibilizado um filtro que permitia alterar a etnia dos utilizadores.