O Tuga.io deixou de funcionar no dia 16 de dezembro. Depois de ter sido bloqueado pelas autoridades nacionais, o site pirata acabou por ser alvo de uma ação de remoção de conteúdos da Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais (FEVIP). Em consequência, o Tuga.io perdeu um acervo de mais de mil filmes ilegais.
O Tuga.io deixou de operar, mas os gestores do site não se dão por derrotados: «Voltamos em breve! O tuga.io está a sofrer uma reestruturação. As páginas de Facebook e de Twitter do tuga.io foram apagadas. Quaisquer páginas ainda existentes são falsas, atenção aos impostores, no passado já utilizaram diversos esquemas para phishing dos utilizadores, e já foram criadas algumas nas últimas horas».
O Tuga.io é um dos sites mais populares entre os consumidores portugueses de filmes piratas. A FEVIP não desaproveitou a oportunidade de reclamar os créditos do cerco ao endereço: «Queremos deixar um aviso aos piratas. Vamos continuar a combater de forma determinada este fenómeno que tem efeitos perversos ao nível da economia, do emprego e da cultura», prometeu Paulo Santos, líder da FEVIP.
O Tuga.io constava no conjunto de 139 sites que foram alvo de bloqueio em Portugal nos últimos meses. O bloqueio foi aplicado no âmbito de um memorando que reúne produtores de conteúdos, operadores, e autoridades – e que vigora desde o passado verão, tendo como ponto de partida as denúncias apresentadas pelo Movimento Cívico Antipirataria na Internet (MAPINET) junto da Inspeção Geral de Atividades Culturais (IGAC).
Apesar do bloqueio, o Tuga.io continuou a operar (eventualmente, o site tirou partido dos mecanismos que permitem contornar os filtros aplicados pelos operadores por ordem da IGAC). O que levou a FEVIP a solicitar a remoção de conteúdos junto do serviço de alojamento que mantinha o site em funcionamento. «Os pedidos de remoção de conteúdos fazem parte da estratégia de complementar do memorando. O memorando tem uma abordagem mais pedagógica. Os pedidos de remoção vão diretamente à raiz do problema», explica Paulo Santos.
O Tuga.io contava com mais de 30 mil likes no Facebook. O endereço havia contratado à Akamai um sistema de servidores distribuídos para poder acelerar o acesso aos filmes que tinha em acervo. Mediante uma notificação da FEVIP, a Akamai deixou de alojar os filmes piratas – e o Tuga.io perdeu o acervo.