Com base na análise dos hábitos dos utilizadores do Twitter e dos 120 milhões de mensagens que foram replicadas, os investigadores norte-americanos desenvolveram um Twitter em ambiente simulado, que permite ter em conta algumas limitações do Twitter real.
No ambiente simulado, os utilizadores re-encaminhavam, ao acaso, piadas de outros utilizadores, também eles simulados. No final, o resultado era quase sempre igual: enquanto alguns retweets não tiveram qualquer popularidade, outros, sem explicação aparente, ganharam dimensão e acabaram por ser re-encaminhados por mais utilizadores, informa o NewScientist.
Os especialistas não têm dúvidas: boa parte do sucesso de um utilizador do Twitter deve-se à sorte… e também à incapacidade dos utilizadores para lerem e selecionarem todos os tweets publicados. O que faz com que os tweets que inicialmente são escolhidos e reencaminhados para outros utilziadores acabem por se sobrepor em número (e nas audiências alcançadas) aos que não são escolhidos. Desta forma, o retweets mais populares aumentam a probabilidade de serem novamente “retweetados”, uma vez que asseguram maior presença nas contas de cada utilizador.
As conclusões agora publicadas pelos investigadores da Universidade de Indiana já começaram a gerar polémica, por não terem em conta a popularidade dos donos das contas do Twitter fora desta rede social.
Em Portugal, acaba de ser publicado um outro estudo que confirma que a popularidade pode ter influencia o futuro de um Tweet: um estudo da Burston Marsteller, realizado em parceria com a agência de comunicação Lift, acaba de dar a conhecer os 10 portugueses com maior capacidade de influência política no Twitter. A investigação recorreu a uma ferramenta conhecida por Klout que teve em conta o número de retweets e de seguidores dos donos das contas.
Carlos Zorrinho, líder da da bancada parlamentar do PS, o cronista Daniel Oliveira, e a eurodeputada Edite Estrela são os três autores de tweets políticos que têm maior capacidade de influência.