No domingo passado, o LulzSec Portugal enviou para as redações de vários meios de comunicação social ficheiros confidenciais que terão sido obtidos através de um ataque à rede informática da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os documentos confidenciais contêm várias missivas de Cândida Almeida, diretora do DCIAP, para Fernando Pinto Monteiro, Procurador-Geral da República.
Nestes documentos, a responsável do DCIAP dá conta dos vários procedimentos e caminhos seguidos pela investigação dos casos dos "submarinos" e do "Freeport".
No caso "Freeport", os documentos confidenciais referem a constituição de uma equipa polícias portugueses e ingleses sem o conhecimento do Ministério Público, e ainda uma perícia financeira que ficou armazenada em 262 volumes e um CD, noticia o Público. Esta investigação, que também averiguou o papel do ex-primeiro ministro José Sócrates, foram inquiridas 90 pessoas, sendo constituídos sete arguidos.
No caso dos "submarinos", Cândida Almeida refere crimes relacionados com contrapartidas, burla qualificada e falsificação de documentos. Neste caso, o então ministro da Defesa Paulo Portas (atualmente, é ministro dos Negócios Estrangeiros) surge como um dos investigados.
O ataque agora divulgado junta-se assim aos vários que o grupo de hackers LulzSec tem vindo a fazer no ãmbito da operação AntiSec PT. Para dia 9 de dezembro está agendado um ataque de grandes proporções contra as redes informáticas de instituições nacionais.