Segundo o New York Times, no início dos anos 60, enquanto trabalhava na empresa RAND na Califórnia, Paul Baran desenvolveu a ideia de armazenar dados em pacotes, enviados por caminhos diferentes dentro de uma rede e reconstituídos quando chegassem ao destino. O objetivo de Baran era criar uma rede de comunicação distribuída, menos suscetível a ataques ou a interrupções que as redes convencionais. Através da redundância da rede, se um caminho falhasse ou fosse destruído as mensagens podiam chegar ao destino a partir de uma via alternativa
Apesar de a ideia ter sido inicialmente rejeitada pela companhia AT&T, em 1969 a Defense Department’s Advanced Research Projects Agency norte-americana criou a Arpanet, uma rede baseada na ideia de packet switching de Baran. Posteriormente a Arpnet foi substituída pela Internet onde o packet switching continua no núcleo do processo de transmissão de informação.
Baran nasceu a 29 de Abril na Polónia mas cedo se mudou com os pais para os Estados Unidos. Paul Baran licenciou-se em engenharia elétrica em 1949, tendo 10 anos mais tarde completado o mestrado na mesma área. O pioneiro da Internet trabalhou na RAND durante os anos 60 onde desenvolveu o tema da capacidade de resistência dos sistemas de comunicações em caso de ataque nuclear.
Em 1968, Paul Baran abandonou a RAND e foi cofundador do Institute for the Future, uma organização de investigação sem fins lucrativos, especializada em previsões.
Paul Baran fundou, também, sete empresas das quais cinco acabaram por entrar em Bolsa.