Em 2018, uma criança de 13 anos na China pegou num cabo USB e introduziu-o na uretra até chegar à bexiga. No ano passado, uma criança de 15 anos fez o mesmo no Reino Unido. Ambas tiveram de ser submetidas a cirurgia para se conseguir remover o cabo e recuperaram agora. O caso britânico foi publicado no Urology Case Reports em 2021, depois no British Journal of Surgery em março de 2022 e surge novamente nos jornais depois de o Independent trazer à luz novos detalhes.
A criança inglesa, operada no University College Hospital de Westmoreland Street em Londres, admitiu que introduziu o cabo para “medir o comprimento do pénis motivado por curiosidade sexual”.
Estas duas situações não são inéditas. Em Espanha, em 2020, um menino de 14 anos deu entrada nas urgências de um hospital com um “cabo de videojogo” a sair-lhe do pénis e a queixar-se de dores e mau cheiro na urina. Neste caso, a introdução tinha sido feita há quatro meses para tentar parar uma comichão. Apesar de não ter conseguido retirá-lo, o jovem decidiu não contar nada aos pais, até à situação se tornar insustentável e o ter atirado para as Urgências. Aí, os médicos tiveram de realizar um corte na bexiga e extrair depois uma massa de cabo elétrico já com múltiplos nós, várias calcificações e que aparentava ter 150 centímetros de comprimento.
O Vice elenca ainda outros casos de adultos, na Indonésia, na China, no Irão ou na Coreia que também experimentaram introduzir cabos e outros objetos.