O processador criado por James Newman não tem propósitos comerciais nem sequer deverá abrir uma nova frente na evolução computacional. O investigador britânico diz que a máquina de 14 metros de comprimento apenas deverá ter fins didáticos. Mas logo se depara com um desafio de monta. Como transportar um processador de meia tonelada?
Até encontrar uma solução, a curiosa máquina terá mesmo de ficar na garagem do inventor britânico em Cambridge. Foi assim nos últimos três anos e vai ser assim enquanto este projeto pessoal não ficar concluído. Ao contrário das grandes marcas de chips e processadores, Newman não tem qualquer propósito em enveredar pela miniaturização. E por isso, é com uma ponta de orgulho que abre as portas de casa para os repórteres da BBC e dá a conhecer esta máquina que lhe custou mais de 20 mil libras a construir, e que contém 14 mil transístores, 3.500 luzes LED e opera a 16 bits.
Porquê esta afeição pelas máquinas de maior dimensão? James Newman responde: «Sempre tive uma forma muito visual de pensar nas coisas, queria conseguir ver como é que um computador funciona e como as coisas circulam dentro dele. Fiz isto como se fosse um exercício de aprendizagem, e aprendi imenso».
A lição está a começar a produzir resultados – mas será que Newman vai conseguir concluir o exercício? O próprio engenhocas deixa a dúvida no ar, apesar de dizer que pretende concluir este processador de dois metros de altura ainda em 2015. O problema será o tamanho: será que a máquina, quando estiver completa, vai caber na sala de estar?
A mãe de Newman está mais preocupada com outras questões: para que servirá tal processador? O investigador de Cambridge garante que pode fazer qualquer coisa – ou não fosse uma máquina de processamento geral. Perante a insistência dos repórteres, lá admite que é provável que a estreia da máquina seja feita jogos do galo e Tetris.