Num evento que antecede a abertura do Mobile World Congress, a Samsung reuniu centenas de jornalistas para revelar os novos topos de gama do seu portefólio.
JK Shin, Presidente e CEO, Samsung Electronics, abriu a apresentação explicando que o desafio colocado à empresa era ambicioso: “Construir o melhor que alguma vez tínhamos conseguido”. O resultado são dois terminais que quebram com algum do design que conhecíamos nos Galaxy até agora. Por exemplo, a coluna de som e a entrada para os auscultadores passaram para a parte de baixo do terminal onde a porta USB está agora desprotegida. Mas a grande mudança é mesmo inexistência de uma tampa traseira e do revestimento a Gorilla Glass dessa parte do telefone. Diz a Samsung que “só agora, ao contrário de outros, estamos confiantes para fechar o acesso à bateria”. Isto porque os novos terminais suportam os dois protocolos de carregamento por indução mais usados no mercado. A saber: WPM e PMA.
Aliás, em termos de bateria a Samsung desenvolveu uma nova tecnologia que permite carregar 4 horas em apenas 10 minutos. Aliás, pela primeira vez numa conferência desta envergadura, a Samsung demonstrou as inovações dos seus terminais comparando-as com as utilizadas pela Apple. O iPhone 6 e o iPhone 6 Plus foram “as vítimas” usadas para mostrar como os S6 carregam mais rápido e têm câmaras de melhor qualidade.
Mas vamos aos pormenores
Os S6 têm ecrã de 5,1 polegadas, resolução quad HD. Os ecrãs usam vidro Gorilla Glass 4, Super Amoled e têm uma densidade de píxeis de 577 pontos por polegada. A diferença mais evidente entre os dois terminais é mesmo a curvatura que marca ambas as laterais do S6 Edge. Áreas que vão ser usadas para receber notificações, mudar contextualmente (consoante o que se está a fazer no telefone) ou, entre outras coisas, para criar atalhos – algo semelhante ao que já acontece hoje no Galaxy Note Edge.
A Samsung diz que o metal utilizado é 50% mais resistente do que o usado em outros telefones e que não “vai dobrar” – mais uma atoarda para Apple.
Em termos de desempenho, os telefones integram arquitetura de 64 bits, com processadores de 14 nanómetros. O fabricante diz que os terminais são 35% mais eficientes em termos energéticos. A memória usada é DDR4 e, mais uma vez, segunda a Samsung, permite um acesso 80% mais rápido à memória do que na tecnologia DDR3 (usada no S5, por exemplo). Aliás, o próprio armazenamento usa a tecnologia Universal Flash Storage 2.0. que possibilita o acesso mais rápido à informação. Os terminais têm apenas 6,8 milímetros de espessura.
Em termos de câmara, os terminais integram lente F1.9, HDR em tempo real, modo de captura com baixa luminosidade, para a primeira.
Para a câmara principal, o fabricante coreano 16 MP, lente F1.9, OIS. 0.7 segundos. Duplo clique no botão home. Sistema de auto focagem mais rápido que segue os objetos.
A experiência Android está diferente
A experiência Android também foi alterada. Há um novo sistema de notificações e atalhos. Diz a Samsung que a interface responde de forma mais rápida. Acabou o scrolling e todas as cores da interface são diferentes. Os menus contextuais estão desenhados em dois níveis: um rápido e outro que permite aceder a funcionalidades mais avançadas. A experiência no Edge tem diferenças. É possível, por exemplo, dar uma cor a um contacto e ter o telefone virado e, mesmo assim, perceber quem está a ligar.
O leitor de impressão digital colocado atrás, perto da câmara, pode ser usado para enviar mensagens automáticas.
Samsung Pay
E a Samsung continua a “pisar o mesmo chão que a Apple”. Depois do Apple Pay ter sido estrela no evento de apresentação dos iPhone 6, o fabricante coreano revelou em Barcelona mais pormenores sobre o Samsung Pay. O sistema suporta um maior ecossistema ao integrar as tecnologias: NFC e MST. A tecnologia que faz a diferença chama-se MST (Magnetic Secure Transaction) e permite usar o pagamento digital mesmo quando a loja só tem terminais de multibanco comuns. Para segurança, o sistema recorre à impressão digital para autenticar o pagamento o que é acompanhado por um sistema de tokens que tem de ser trocado entre os dispositivos.
Mastercad, VISA, Chase, Bank of America… são algumas das entidades que vão suportar o sistema, diz, a Samsung quando estiver disponível este verão nos EUA e na Coreia vai ser o sistema de pagamentos digitais mais suportado no mundo. Como sempre, não há qualquer previsão para a disponibilidade na Europa.