A Google já constrói os seus próprios servidores, bem como o software necessário, pelo que é possível que queira também desenhar os seus chips para o segmento. Uma fonte não identificada confirmou à Bloomberg que a empresa está a considerar seriamente o assunto. Uma vez que a ARM também pretende reforçar a sua presença neste mercado, poderá mesmo surgir uma parceria entre as duas companhias.
A Google comentou apenas que quer projetar «a melhor infraestrutura do mundo, incluindo design de hardware (a todos os níveis) e software».
A Intel deve continuar a manter a soberania neste segmento e a entrada da ARM não deve ser simples. Os desafios da Google e da ARM passam por conseguir produzir os chips de forma económica. As duas empresas devem conseguir escoar alguns milhões de chips por ano o que não deve representar um volume apetecível para poderem ser fabricados a baixo custo. A complexidade das tarefas realizadas dentro da infraestrutura da Google também não deve ser fácil de gerir para os chips ARM, geralmente conhecidos pelo seu baixo consumo energético. Até agora, apenas os chips da Intel conseguem assegurar um bom desempenho naquele ambiente complexo.
Tudo indica que a parceria deva produzir resultados dentro de alguns anos e que a Google não esteja a considerar o futuro imediato para começar a fabricar os seus próprios chips.