A AMD apresentou não uma, mas duas novas microarquiteturas para processadores destinados a PCs de secretária e portáteis de vários segmentos. Em termos de fabrico, a grande novidade é a entrada da AMD no processo de produção 32 nanómetros com transístores de porta de metal "high-k", já utilizada pela Intel desde 2007.
A arquitetura com o nome de código Bulldozer vai originar diferentes séries de processadores para PCs de secretária e portáteis. A grande inovação destes chips vai ser a implementação de duas unidades de processamento de inteiros por cada core (núcleo). Ou seja, cada núcleo dos futuros processadores incluirá dois "subnúcleos", dedicados ao processamento da maioria das tarefas mais comuns. A AMD garante que mais de 80% das tarefas executadas normalmente pelos processadores poderão ser processadas por estas novas unidades. Esta tecnologia é vista como uma reposta sofisticada à tecnologia Hyper-Threading da Intel, que permite correr duas tarefas em simultâneo por cada núcleo de processamento.
Os processadores Bulldozer vão começar por aparecer em CPUs tradicionais, mas mais tarde vão ser vendidos sob o conceito de APU (Accelerated Processing Unit), chips onde estão integradas as capacidades de CPU e GPU (processadores gráficos).
A AMD apresentou ainda uma nova solução para miniportáteis de baixo custo, habitualmente conhecidos por netbooks. Os Bobcat vão concorrer com os Atom da Intel. Mas, segundo a AMD, ao contrário do que acontece com os Atom, os novos processadores vão incluir todas as funcionalidades dos CPUs mais sofisticados, como suporte para 64 bits e tecnologias de virtualização.
As promessas da AMD para os Bobcat são auspiciosas: 90% do desempenho dos atuais processadores do fabricante para portáteis com apenas 1 watt de consumo energético.
Curiosamente, os processadores agora revelados pela AMD são os primeiros a serem desenvolvidos segundo a nova organização da empresa, que se tornou numa marca inteiramente dedicada ao desenho de processadores, como acontece com empresas de como a Nvidia e a ARM. Ou seja, a AMD já não engloba fábricas – estes ativos foram transferidos por uma outra empresa, a Global Foundries.
Acha que estes processadores vão aumentar o nível de competitividade da AMD no mercado?
***Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico***