A China está a expandir o FAST, que já é o maior radiotelescópio do mundo, para o tornar ainda maior e mais poderoso. A solução passa por instalar 24 novos radiotelescópios, cada um com um diâmetro de 40 metros, ao longo de um diâmetro de 10 quilómetros. Ao funcionarem em conjunto, irão replicar um único telescópio gigante.
A expetativa dos mentores do projeto é que esta expansão aumente a resolução do FAST, tornando-o 30 vezes mais poderoso do que é hoje. O telescópio já é o radiotelescópio mais sensível da atualidade, mas perde em resolução. Com estas adições, o FAST vai ser capaz não só de detetar os sinais cósmicos mais ténues e distantes, mas também de analisá-los em detalhe, avança o website Interesting Engineering.
Jiang Peng, diretor de operações do FAST, conta que esta melhoria vai permitir ao radiotelescópio localizar o ponto exato de sinais de rádio no universo, aumentando a capacidade observacional e explorar fenómenos cósmicos como rajadas rápidas, buracos negros e ondas gravitacionais com maior detalhe.
Os cientistas chineses querem, com esta movimentação, adiantar-se à concorrência que está a ser desenvolvida em projetos como o SKA (Square Kilometre Array) no hemisfério sul ou o Next Generation Very Large Array dos EUA.
Os desafios para esta expansão ser possível passaram por desenvolver recetores que operem à temperatura ambiente (para se evitar que o calor produza ruídos que interfiram com os sinais de rádio) e melhorar a tecnologia de processamento de dados para aberturas sintéticas, de forma a permitir criar imagens mais claras e com maior resolução.
O FAST e os dados recolhidos vão ser importante para apoiar futuras missões de exploração espacial.