“Determinar o tratamento correto para um paciente com cancro da mama é muito difícil atualmente e é crucial evitar quaisquer efeitos secundários desnecessários por terem sido usados tratamentos que, com baixa probabilidade, trarão benefícios para aquele paciente”, descreve Alexander Wong, que liderou a equipa da Universidade de Waterloo na iniciativa Cancer-Net.
Os investigadores criaram um novo algoritmo que determina se mulheres com cancro da mama beneficiam ou não de receber quimioterapia antes de serem submetidas a uma cirurgia. Esta capacidade de previsão permite evitar que as mulheres sejam sujeitas a tratamentos com consequências adversas caso não haja real benefício ou ganho para o seu estado de saúde. Trata-se de u”m sistema de IA que consegue prever se um paciente vai responder bem a um tratamento e que dá aos médicos a ferramenta necessária para prescrever o melhor tratamento personalizado para um paciente recuperar e sobreviver”, explica Wong ao EurekaAlert.
O projeto em questão foi liderado pela estudante Amy Tai e passou por treinar um software de IA com imagens de cancro da mama captadas com uma ferramenta de ressonância magnética nova, inventada por Wong e pela equipa, chamada CDI (de correlated diffusion imaging). As imagens recolhidas por CDI de casos antigos e dos seus resultados permitem ao sistema prever se a quimioterapia pré-cirurgia trará os benefícios desejados.
“Estou bastante otimista quanto a esta tecnologia, uma vez que a IA de aprendizagem profunda tem o potencial para ver e descobrir padrões relacionados com o benefício de um determinado tratamento”, vaticina Wong.
Quer o novo algoritmo, quer o conjunto completo de imagens obtidas pela CDI estão disponíveis publicamente na iniciativa Cancer-Net.