As austronautas da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) captaram no sábado passado imagens aéreas de uma erupção do vulcão Raikoke, que está situado nas ilhas Curilas na distante região russa do Kamtchatka. Os últimos registos de atividade deste vulcão datam de 1924 e 1778, sendo que na situação mais recente libertou uma grande nuvem de cinza para a atmosfera, tal como pode ser observado na fotografia, que se dirigiu para a zona norte do Pacífico.
Esta situação não foi só impressionante pela natureza do acontecimento, foi também uma oportunidade única para os astronautas que se encontram em órbita na Estação Espacial, e que puderam observar com detalhe o fenómeno e registá-lo de uma perspetiva que de outra forma não podia ser feito.
«Que imagem espetacular. Faz-me lembrar a fotografia tirada por astronautas da erupção do vulcão Sarychev também nas ilhas Curilas há dez anos atrás», disse Simon Carn, um vulcanologista da Universidade de Michigan, à Nasa Earth Observatory.
«O anel nebuloso branco na base da coluna pode ser um sinal de haver ar a circular na coluna e de condensação, por sua vez. Ou pode ser uma pluma a surgir da interação entre o magma e a água do mar, já que a ilha é pequena e as correntes de lava possam ter, muito provavelmente, entrado em contacto com a água.», concluiu SImon Carn.
Uma segunda imagem (como pode verificar acima) foi captada pelo satélite da Nasa que dá pelo nome de Terra, na mesma manhã, onde se pode observar uma maior concentração de cinza na zona ocidental da mancha de fumo, por cima do vulcão.
Surgiu ainda uma terceira imagem captada algumas horas após a erupção, na qual, segundo a Nasa, se pode observar que o fumo e a cinza foram arrastados pelo vento, espalhando-se no Oceano Pacífico. De acordo com a agência espacial a cinza pode representar um grave problema para o ambiente bem como para a aviação nas regiões próximas deste fenómeno – o material vulcânico atingiu uma altitude máxima de 13 km e espalhou-se num raio de 17 km.