Benjy Li explica que a visão e a audição já são o habitual da Realidade Virtual. Segundo este investigador, a próxima revolução vai passar por transmitir novas sensações ao nariz e à boca. Recorde-se que, em 1959, estreou-se a tecnologia Aromarama, que distribuia cheiros através do sistema de ar condicionado da sala de cinema, mudando-se os cheiros a cada 90 segundos. Algumas semanas depois surgiu o Smell-O-Vision, também com cheiros, mas desta vez com difusores colocados por baixo das cadeiras. Em 2001, depois, surgiu o iSmell, um aparelho que se ligava ao PC através de USB e “descarregava” um de 128 cheiros precarregados, quando se visitassem determinadas páginas Web.
Agora, 16 anos depois, com a proliferação de headsets de Realidade Virtual, os investigadores preparam-se para tirar partido e desenvolver experiências mais imersivas, aproveitando para estimular mais sentidos além da visão e da audição. Segundo Li, vai ser possível assegurar uma presença cada vez maior do utilizador dentro da experiência.
A equipa liderada por Li está a preparar a revisão de uma experiência que passa por afetar o comportamento do utilizador com base em comida virtual, noticia o Engadget. «Não posso adiantar muito, mas descobrimos que adicionar dois sentidos à experiência tem um efeito na saciedade do utilizador», diz Li.
Possíveis aplicações desta inovação passam, por exemplo, por tratamento de stress pós traumático com recurso a simulações com cheiro a pólvora ou sessões para acalmar pacientes com cheiro a lavanda ou outros aromas mais suaves.
Ainda não há qualquer perspetiva sobre quando é que este tipo de soluções pode chegar ao mercado.