A investigação começou com um condicionalismo que faz lembrar o cão de Pavlov: os ratos foram treinados para salivar quando recebessem uma guloseima enquanto o seu cérebro estava a ser monitorizado. O estudo de Paul Slesinger, da Icahn School of Medicine em Nova Iorque e David Kleinfeld, da Universidade da Califórnia, consistiu na utilização de moléculas fluorescentes injetadas em 13 ratos. As células CNiFERs (de cell based neurotransmiter fluorescent engineered reporters) acendiam-se quando os ratos ouviam um som que foram treinados para associar a guloseimas. Durante cinco dias, tocavam o som e davam uma guloseima de seguida, o que fez com que os ratos associassem o som ao doce e salivassem quando o ouviam.
De acordo com a Nature, o ato de salivar faz com que sejam libertadas as células que podiam ser vistas com um microscópio. Os investigadores abriram uma janela no crânio de cada rato para poder monitorizar esta atividade.
Este método permitiu-lhes ainda ver picos de noradrenalina, mas que não estariam relacionados com a guloseima. A descoberta paralela permite perceber que existe uma ligação entre os vícios e a libertação de químicos que nos fazem sentir bem no cérebro.