Pode não parecer, mas cada ratazana tem uma vida própria. E Michael Parsons, especialista em roedores da Universidade Hofstra, é uma das pessoas mais bem colocadas para revelar os segredos mais “substerrâneos” de um dia na vida de uma ratazana de Nova Iorque, EUA.
De acordo com a ResearchGate, uma equipa liderada por Parsons tem vindo a usar chips RFID e emissores de fragrâncias para monitorizar os ratos nos respetivos périplos. Com estes dispositivos, os investigadores norte-americanos desenvolveram as ferramentas necessárias para levar os roedores a passarem nas imediações de antenas que permitiam obter dados sobre o peso ou outros indicadores de saúde dos ratos.
Pode parecer um projeto despropositado, mas os investigadores recordam que o preconceito em torno das denominadas ratazanas nem sempre tem facilitado o estudo das mesmas. A este fator junta-se uma previsão: até 2050, 75% da população mundial deverá viver em espaço urbano – o que terá como consequência a redução do espaço para viver e passear na cidade e o aumento da probabilidade no que toca ao contacto com ratos.
A partilha de espaços com os roedores também poderá ter efeitos negativos para os humanos: toxoplasma, salmonelas, ou febre hemorrágicas figuram na lista das várias doenças que podem afetar os humanos depois do contacto com os humanos. Apesar deste “currículo clínico” pouco recomendável, os investigadores da Universidade norte-americana fazem questão de desmistificar algumas das ideias que pairam no imaginário de gerações inteiras que cresceram a maldizer ratos: os ratos são seres inteligentes e emocionais.
Segundo a Popular Science, um dos investigadores terá mesmo sido vencido por estas características e adotou um dos tais ratos eletronicamente monitorizados. No campo científico, os resultados são um pouco diferentes: «Como os machos alfa caçam quando os machos ómega saem da toca, e as fêmeas armazenam comida» é o tema que tem sido desenvolvido através da monitorização das ratazanas de Nova Iorque.