O oceano agora detetado está debaixo da camada de gelo que compõe a superfície de Enceladus. Há alguns meses já tinham sido detetadas algumas fontes hidrotermais, semelhantes às que fizeram parte do processo de surgimento de vida na Terra. Nesta lua de Saturno, acreditava-se que o oceano tinha o formato de uma lente e que ocuparia apenas parte do subsolo. Agora, a sonda Cassini enviou informações que permitem afirmar que o oceano cobre mesmo todo o subsolo daquela lua, noticia o The Verge.
Os investigadores mediram os movimentos de Enceladus e descobriram como a gravidade de Saturno afeta a órbita desta lua. Depois, criaram um modelo do interior do astro e calcularam que, se a superfície e o núcleo de Enceladus estivessem rigidamente ligados um ao outro, o movimento da lua não seria tão acentuado. Assim, os movimentos só podem ser explicados se existir uma grande quantidade de água abaixo do solo.
Agora, a sonda Cassini vai fazer um voo rasante sobre Enceladus, a apenas 49 quilómetros de altitude, para tentar analisar melhor a superfície gelada da lua.