A imagem não deixa de evocar Frankenstein. Investigadores da École Polytechnique Fédérale de Lausanne colocaram um pequeno colete e mais um conjunto de aparelhos num rato para o ajudar a restaurar a fluidez dos movimentos. Basicamente, foram descarregados de forma controlada choques na espinal medula que replicavam o que é feito pelos comandos normalmente enviados pelo cérebro. Algumas lesões na espinal medula cortam o fluxo destes sinais e fazem com que pessoas e animais fiquem paralisados.
Agora, aparentemente, é possível replicar os sinais enviados pelo cérebro. Nos EUA, investigadores usaram uma técnica chamada estimulação epidural para fazer com que quatro homens paralisados há anos conseguissem mover pernas, ancas, tornozelos e dedos dos pés, noticia a Technology Review.
A vantagem do método usado na Suíça é que permite movimentos mais complexos e que são definidos automaticamente por um software. Os investigadores filmaram um rato a andar normalmente e alimentaram essas imagens no seu sistema. O computador fez tudo e passou a definir a cadência com que o rato paralisado iria andar.
Os ratos dos testes sofreram lesões na coluna e foi-lhes administrada uma droga que ajuda a espinal a comunicar com as pernas. Por fim, o seu peso estava a ser suportado por um arnês e foram colocados a andar numa passadeira elétrica ou num percurso com obstáculos.
Os investigadores pretendem experimentar num ser humano voluntário este sistema durante o próximo ano.