Masateru Uchiyama, investigador da Universidade Hospital Juntendo, em Tóquio, analisou as reações de ratinhos de laboratório a transplantes de coração e chegou à conclusão que a música clássica pode ter efeitos benéficos para a longevidade.
As experiências exigiram o sacrifício de vários ratinhos, que foram sujeitos a transplantes de corações não compatíveis. No período que se seguiu aos transplantes, o investigador japonês expôs as cobaias a diferentes estilos musicais. E foi assim que descobriu que as cobaias que ouviam música clásica sobreviveram mais do dobro do tempo das cobaias que foram expostas à música Pop.
Segundo o investigador, os ratinhos expostos a sessões contínuas de La Traviata de Verdi sobreviveram, em média, 26 dias após a operação. Os ratinhos que escutaram uma seleção de concertos de Mozart sobreviveram em média 20 dias, após transplante.
Em contrapartida, as cobaias que foram sujeitas a música de Enya duraram em média 11 dias; e as que foram sujeitas a sons monocórdicos não foram além de sete dias, informa a NewScientist.
Também foram feitas experiências com ratinhos surdos, mas estas cobaias também morreram ao cabo de sete dias, apesar de escutarem música clássica. O que levou os investigadores japoneses a concluir que não são as vibrações, mas as harmonias usadas na música clássica que têm a capacidade para retardar a rejeição de órgãos transplantados.
Em breve, os investigadores vão testar esta vertente da musicoterapia em pessoas que receberam transplantes.