Os leitores de livros eletrónicos, tablets e os computadores apresentam em ecrãs textos nítidos e com tipos de letra impecavelmente traçados. Em vez de potenciar a retenção de conteúdos, a facilidade de leitura nos dispositivos eletrónicos tende a inibir a memória do que se lê – pelo menos, é o que defende Jonah Lehrer, neurocientista dos Estados Unidos, que publicou esta teoria no blogue Frontal Córtex.
Segundo o cientista americano, o cérebro do leitor tende a focar-se menos na leitura realizada a partir de dispositivos eletrónicos.
Em contrapartida, a leitura de textos "escritos à mão", por ser mais difícil, tende a ativar partes do cérebro que facilitam a memória daquilo que se lê.
Na origem da tese de Lehrer estará o facto de os humanos conseguirem executar dois tipos de leitura: uma leitura que recorre a uma zona do cérebro para termos conhecidos e palavras facilmente legíveis; e outra que é ativada quando o leitor se depara com símbolos e significados que desconhece.
***Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico***
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