A Microsoft, em conjunto com a Boston Consulting Group e a KRC Research, conduziu um estudo em 15 países europeus para perceber a orientação para melhorar a produtividade e a inovação neste novo mundo de trabalho híbrido – presencial e remoto. Agora, 92% dos líderes nacionais preveem que o modelo a ficar será o modelo flexível para os trabalhadores. Em 2019, apenas 15% das empresas em Portugal indicava ter um regime flexível, o que contrasta com os 86% registados este ano.
Do lado dos empregadores, os benefícios identificados são aumento de produtividade, retenção de talento, sustentabilidade e poupança de custos. Há uma queda no número de líderes em Portugal que afirmam que as suas empresas são altamente inovadoras (56% em 2019 para 44% em 2020), mas 98% destes vê a inovação no local de trabalho como uma prioridade.
Os trabalhadores, por sua vez, em 2019 afirmavam perder 52% da semana em tarefas desnecessárias (como reuniões, chamadas ou procura de informação), valor que baixou para 44% agora. Os colaboradores das empresas mais inovadoras são mais propensos a tomar decisões autonomamente (67%) e a grande maioria considera aceitável cometer erros (74%). Nas empresas menos inovadoras, 24% dos líderes considera que a organização vá sair mais forte da pandemia.
A implementação de tecnologia moderna também registou um aumento face ao ano anterior (de 38% para 55%) e a formação em tecnologia segue igual tendência (39% para 44%), embora esta métrica fique abaixo dos resultados na Europa (61% em dois anos consecutivos).
Paula Fernandes, da Unidade de Negócio de Produtividade & Colaboração da Microsoft Portugal, considera que “os últimos meses mudaram, em definitivo, a forma de trabalhar e as expetativas dos líderes e colaboradores”, salientando que as “Ferramentas como o Microsoft Teams ajudam as pessoas a gerirem o seu tempo da melhor forma, a manterem o contacto com os colegas e na aquisição de novos skills e competências”.
José Koch Ferreira, Managing Director and Partner na BCG refere que “o futuro do trabalho é híbrido, em múltiplas combinações de modelos de trabalho remoto, em função das funções e necessidades dos colaborares”.
O estudo foi realizado em 15 países europeus (Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Noruega, Portugal, Reino Unido, Suécia e Suíça) e contou com 9093 entrevistas, dos quais 697 são portugueses.