Guerra, inflação, subida das taxas de juro a um ritmo dos mais rápidos de sempre e muita incerteza quanto ao andamento da economia. À partida, estes elementos até poderiam ser ventos contrários aos resultados empresariais. No entanto, apesar disso – ou, em alguns casos, capitalizando alguns daqueles fatores – as cotadas europeias conseguiram engordar os ganhos. As empresas que fazem parte do índice de referência da bolsa nacional seguiram a tendência e reportaram resultados históricos.
As 13 cotadas não financeiras do PSI, analisadas pela EXAME, reportaram um lucro agregado de €4 526 milhões em 2022, mais €1 156 milhões do que no ano anterior. Foi uma subida de 34% e é o valor mais alto em, pelo menos, uma década, superando em muito os números alcançados antes da crise da Covid-19. Para se ter um termo de comparação, na normalidade pré-pandémica, entre 2013 e 2019, tinham alcançado um resultado médio anual de €2 990 milhões. Estes cálculos incluem apenas as cotadas não financeiras do índice de referência. Caso se contabilizasse os números do BCP, o único banco no PSI, o bolo total aumentaria para €4 734 milhões, mais 35% do que em 2021.
