Foi uma estreia de forte valorização para os títulos da Farfetch na bolsa de Nova Iorque, a plataforma de artigos de luxo fundada pelo português José Neves e que esta sexta-feira começaram a negociar em Wall Street.
No arranque da negociação, os títulos que, com a oferta pública inicial (IPO) entraram em bolsa a valer 20 dólares cada, dispararam 35% para 27 dólares.
A 20 dólares por título (valor que ficou acima dos intervalos inicialmente previstos) a empresa encontrava-se avaliada em 5,8 mil milhões de dólares. Com a valorização de arranque, a avaliação da empresa disparou para 7,83 mil milhões de dólares.
A colocação em bolsa – com a emissão de 33,6 milhões de novas ações e 10,6 milhões de títulos colocados por atuais acionistas, 44,2 milhões no total – permitiu levantar 885 milhões de dólares.
A Farfetch abre o capital a novos acionistas numa altura em que a operação da empresa apresenta prejuízos – resultado líquido negativo de 68,4 milhões de dólares no primeiro semestre do ano, período em que teve receitas de 267 milhões de dólares.
No final do ano passado havia mais de 935 mil consumidores ativos a usar a plataforma, uma subida de 43,6% num ano.
A plataforma Farfetch, criada há dez anos em Portugal e no Reino Unido, atua no setor de venda digital de moda de luxo, ligando o comércio online e offline, fazendo curadoria e seleção de peças exclusivas dos designers para promover. A 30 de junho de 2018 dava acesso a 3 200 marcas diferentes.
Na mesma altura a empresa contava 3 009 colaboradores a nível global, dos quais 1690 em Portugal. A empresa tem 13 escritórios em todo o mundo que servem mais de 190 países. Em Portugal os escritórios estão em Lisboa, Porto, Braga e Guimarães.