O BCP fechou os três primeiros meses do ano com um resultado líquido de 85,6 milhões de euros, uma subida de 70,8% em relação ao mesmo intervalo de 2017, num período marcado pelo registo de menos imparidades e provisões.
Segundo as contas dadas a conhecer esta segunda-feira, 7 de maio, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco liderado por Nuno Amado viu o resultado core (subtraindo custos operacionais à margem financeira e comissões) subir 4,6% para 266,6 milhões de euros.
O resultado operacional ficou ainda assim 1,3% abaixo do do período homólogo, no 291,8 milhões de euros, mas a queda de 36,1% nas imparidades e provisões contribuiu para um resultado antes de impostos de 161,8 milhões de euros, quase 70% acima do valor do mesmo intervalo do ano passado.
As comissões totais aumentaram 4,4% no espaço de um ano para 167,8 milhões de euros, tendo dois terços deste valor sido apurados na operação em Portugal. No mesmo período o capítulo “outros proveitos” recuou 38,4%, com impacto negativo de proveitos de exploração e perdas de 5,7 milhões de euros relacionadas com imóveis.
Os recursos totais de clientes (como depósitos, ativos sob gestão, produtos de capitalização ou fundos de investimento) subiram 5,7% para 72.669 milhões de euros, com crescimento do valor alocado a depósitos à ordem e descida nos depósitos a prazo.
Já o valor de crédito problemático (non-performing exposures) reduziu-se em 500 milhões de euros no espaço de três meses (desde final de 2017) para 6.282 milhões de euros, um valor que é metade do que existia no final de 2013, há mais de quatro anos.
O contributo das operações internacionais (Polónia, Moçambique e Angola) manteve-se nos 41,1 milhões de euros, tendo o lucro da operação moçambicana crescido quase 20% em termos homólogos.