economista chefe do novobanco, em colaboração com o Banco Best
Juros altos por mais tempo?
Tanto o BCE como o Fed mantêm um easing bias, isto é, uma sinalização de que os próximos movimentos serão de descida dos juros. Ambos mantêm uma postura cautelosa, referindo a necessidade de mais informação que confirme a trajectória de descida da inflação
Fed e BCE em direções opostas?
A expectativa de alívio da restritividade monetária pelo BCE levanta, contudo, alguns potenciais problemas. Esta divergência de expectativas entre o Fed e o BCE favorece a depreciação do euro (a divisa europeia perdeu já quase 4% face ao dólar desde o início de 2024). E esta depreciação tende a alimentar pressões inflacionistas na Zona Euro, sobretudo no contexto de subida do preço do petróleo
"Soft landing" ou recessão?
Estimam-se, para os próximos dois anos, necessidades de refinanciamento elevadas, em particular no caso das empresas. Se os juros se mantiverem próximos dos níveis actuais, estes refinanciamentos levarão a aumentos significativos dos encargos financeiros, com impactos negativos no investimento e no emprego
Para onde vão a inflação e os juros?
Cadeias de abastecimento, procura e margens das empresas deverão, assim, contribuir para uma moderação da inflação ao longo do próximo ano, que deverá ser visível sobretudo a nível core (i.e. excluindo energia e alimentação). Contudo, persistem alguns riscos
Da Mona Lisa a Taylor Swift – A economia está difícil de ler
Na economia pós-Covid, armados com poupanças excedentárias acumuladas durante a pandemia (ainda não esgotadas) e protegidos por um mercado de trabalho “aquecido” (baixo desemprego) e por apoios orçamentais, muitos consumidores estarão a privilegiar a despesa em serviços e em experiências