Não foi a América que foi a votos nesta semana. Foram duas Américas. Ganhou, por uma margem muito significativa, a pior.
Nas que conhecemos como democracias bem desenvolvidas (ia escrever “sólidas”, mas comecei a duvidar se existirão mesmo “democracias sólidas”) Donlad Trump, muito provavelmente, nem chegaria a candidatar-se. E poderia nem ser por uma questão das leis e regulamentos eleitorais. Que partido ia apostar num candidato condenado por um crime de falsificação de documentos(num caso de encobrimento duma relação com uma atriz porno) e com vários processos pendentes, incluindo um de instigação de um violento motim a que todo o mundo assistiu, incrédulo? Quem ia arriscar apoiar num candidato conhecido por várias fraudes fiscais ao longo da vida? Em alguém permanentemente confrontado com provadas mentiras, manipulações e falsidades? Pois.