Chegámos à hora da verdade, nos Estados Unidos da América. Depois de tantos fascículos, esta novela americana (que mais parecia mexicana) atinge hoje o seu clímax, o dia das eleições presidenciais. Na madrugada deste dia tão importante para o mundo, acordei tenso, receoso, pessimista. Acordei com aquele sentimento de “nem quero ver!”.
É claro que, enquanto jornalista, quero ver, por mais que me custe e possa doer. O facto de estarmos a presenciar História pesa e é um certo tipo de privilégio, um momento que pode ser definidor num mundo que desenterrou dúvidas e fantasmas que, apenas há dez anos, julgávamos estarem mortos para sempre e para o bem de todos nós.