Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão, não há dinheiro, não há palhaços ou a mais dramática no money no love, o que não falta por aí são expressões para resumir que sem recursos não se faz nada. Ou faz-se mal. Ou menos bem, na melhor das hipóteses. E daí podem nascer várias coisas, incluindo discórdia, revolta, arremesso de culpas. Isto a propósito do que se passa atualmente no Serviço Nacional de Saúde, com o encerramento de várias urgências de Ginecologia e Obstetrícia, embora aqui o provérbio devesse ser adaptado, porque, claramente, há razão.
Pelo menos desde 2013 que a Maternidade Alfredo da Costa não fazia tantos partos num só dia como fez na passada segunda-feira, quando estavam encerradas cinco urgências destas especialidades: foram 25, correspondentes a “um grande esforço” que é difícil de manter por muito mais tempo, avisou ontem a administradora da unidade, Rosa Valente de Matos, alertando que os profissionais têm alterado as férias para “poder responder, neste momento, às necessidades”.