Um prémio que é também um estímulo para 18 associações continuarem a desenvolver a sua ação em favor da solidariedade e do bem comum. Foi a sublinhá-lo que Emílio Rui Vilar abriu a cerimónia que decorreu quarta-feira, dia 19, ao início da tarde. Após dar os parabéns a todos os vencedores, Emílio Rui Vilar comentou que as 400 candidaturas a concurso, chegadas de todos os cantos do país, “são um reconfortante sinal do dinamismo da nossa sociedade civil”. O Presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos e Presidente do Júri dos Prémios Caixa Social, iniciativa da qual a VISÃO Solidária é parceira de media, explicou que “a qualidade das candidaturas permitiu selecionar projetos que, além do valor intrínseco de cada um, representam exemplos que podem ser replicados, multiplicando o impacto, que só por si, cada premiado teria na sociedade”.
Foi então a vez de Filipa Carmona, responsável pela área da sustentabilidade na CGD, apresentar a iniciativa e os projetos vencedores. “O principal objetivo dos prémios Caixa Social é financiar o desenvolvimento de projetos sociais que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade mais próspera, justa e solidária ”, afirmou, sublinhando a importância da iniciativa, enquanto alavanca para o cumprimento de sete dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pelas Nações Unidas. Após uma avaliação da primeira edição, Filipa Carmona explicou, “desta vez, além de manter o investimento de 500 mil euros, para apoiar quem trabalha no terreno ajudando os que mais precisam, inserimos uma nova categoria, a de sustentabilidade ambiental”. Das cerca de 400 candidaturas recebidas, provenientes de todo o território nacional, foram escolhidos 18 vencedores, distribuídos pelas categorias Inclusão Económica e Criação de Emprego, Inclusão Social e Solidariedade e Sustentabilidade Ambiental.
A qualidade das candidaturas permitiu selecionar projetos que, além do valor intrínseco de cada um, representam exemplos que podem ser replicados, multiplicando o impacto, que só por si, cada premiado teria na sociedade
Emílio Rui Vilar
Para a entrega dos prémios, Rui Vilar fez-se acompanhar dos vários membros do júri, que consigo escolheram os vencedores. A primeira a subir ao palco foi Maria José Ritta, na companhia do Secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Felix, para entregar o prémio a quatro projetos vencedores na categoria de Inclusão Social e Solidariedade. As associações premiadas foram a Fundação do Gil, pelo projeto Cuidados Domiciliários Pediátricos, o Centro Social do Vale do Homem (CSVH), pelo projeto Circuito de Manutenção e Memória, o IPAV – Instituto Padre António Vieira, pelo projeto Academia de Líderes Ubuntu e a Associação Plano i, pelo projeto Plano 3C – Casa Com Cor.
Seguiu-se o professor universitário e especialista em desenvolvimento sustentável, Viriato Soromenho Marques, que entregou o prémio à Oikos – Cooperação e Desenvolvimento, pelo projeto CaixAmbiente – Kit Pedagógico e à SOS Animal – Grupo de Socorro Animal de Portugal, pela Campanha institucional contra o plástico, ambos destacados na categoria Sustentabilidade Ambiental. A terceira associação premiada por este membro do júri foi a Eu Cãosigo, Intervenções Assistidas por Animais + CooperActiva, com o projeto Crescer Cãofiante, que se destacou na categoria Inclusão Social e Solidariedade.
Não basta ter um projeto, é preciso que este seja uma mais valia, que tenha algo de diferenciador
Paulo moita de macedo
A Eduardo Graça coube entregar o prémio a dois projetos vencedores na categoria Inclusão Social e Solidariedade e a um na categoria Sustentabilidade Ambiental. Os primeiros foram a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta, com o projeto DIVA (Digna, Independente, Viva, Autónoma) e a Associação X-Eduqual, com o projeto Vamos comunicar? – Sensibilização para a comunicação inclusiva. O segundo, a Associação Aprender em Parceria – A PAR, com o projeto Brincamos Juntos pelo Planeta.
Paulo Moita de Macedo, Presidente da Comissão Executiva e Vice-Presidente do Conselho de Administração da CGD, subiu ao palco acompanhado da especialista em ação social, Paula Guimarães, afim de entregarem quatro prémios da categoria Inclusão Social e Solidariedade. Os premiados foram a AFARAM – Associação de Familiares e Amigos do Doente Mental da Região Autónoma da Madeira, pelo projeto Gabinete de Apoio à Saúde Mental, a Casa do Gaiato de Lisboa, pelo projeto Casa Papa Francisco – Oferta Integrada de Serviços Terapêuticos, a ColorADD.Social, pelo Programa ColorADD nas Escolas e a Pressley Ridge – Associação de Solidariedade Social, pelo projeto CAFAP Kids.

Por fim, o professor de Empreendedorismo Social e Diretor (Dean) da Católica-Lisbon, Filipe Santos, entregou o prémio ao único vencedor da categoria Inclusão Económica e Criação de Emprego, a Crescer na Maior – Associação de Intervenção Comunitária, com o Projeto de criação de emprego e formação profissional – É um Restaurante. Filipe Santos premiou ainda, na categoria Inclusão Social e Solidariedade, a AMAR 21 – Associação de Apoio à Trissomia 21 e outras Perturbações do Neurodesenvolvimento, pelo projeto Amar e Capacitar, a APCL – Associação Portuguesa Contra a Leucemia, pelo projeto Casa Porto Seguro e a Associação Just a Change, pelo Projeto de Disseminação do Just a Change.
Após a entrega dos prémios, Paulo Moita de Macedo revelou, “não há uma sem duas, nem duas sem três”, confirmando uma próxima edição dos Prémios Caixa Social. Deixou o aviso que “não basta ter um projeto, é preciso que este seja uma mais valia, que tenha algo de diferenciador”. O Vice-Presidente do Conselho de Administração da CGD felicitou ainda os premiados “pelo trabalho que fazem, independentemente dos apoios que possam existir”.

Ana Sofia Antunes fechou a cerimónia com uma nota positiva. “Felizmente, conseguimos ver, em Portugal, cada vez mais empresas a trabalhar a vertente da responsabilidade social”, comentou a Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, explicando que o Estado tem consciência que não consegue chegar a todo o lado, mas que “é importante que iniciativas como esta nos ajudem a apoiar projetos cujo trabalho, em última instância, reverte a favor de todos nós”.
É importante que iniciativas como esta nos ajudem a apoiar projetos cujo trabalho, em última instância, reverte a favor de todos nós
Ana Sofia Antunes
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